A hipotermia pode ocorrer com mais facilidade em crianças, já que a imaturidade no sistema
nervoso central as tornam mais sujeitas a apresentar uma queda de temperatura. Crianças
com hipotermia moderada a grave, dependendo do tempo de duração do quadro, podem
apresentar convulsões, parada cardíaca e, em último caso, o óbito.
"Por isso, é importante que os pais não deixem as crianças expostas a temperaturas baixas
sem a devida proteção, além de observarem a criança após administrar algum medicamento, a
fim de identificar quadros de hipotermia, para que possam buscar atendimento médico
precocemente", conta Fillipe Loures.
Causas de hipotermia
A principal causa da hipotermia é a exposição ao frio. Outros fatores menos frequentes, mas
que aumentam a chance de hipotermia, são: Anorexia, AVC, problemas no sistema nervoso
central, trauma raquimedular, problemas endocrinológicos, queimaduras importantes e lesões
extensas de pele.
A hipotermia também pode ser intencional, induzida pela equipe médica em situações
específicas, visando algum benefício clínico ao paciente, como após ressuscitação
cardiopulmonar e durante alguns procedimentos cirúrgicos. "Alguns medicamentos, como
analgésicos e antiinflamatórios, também podem provocar quadros de hipotermia", explica
Fillipe Loures.
Hipotermia e hipertermia
Ao contrário da hipotermia, a hipertermia ocorre quando há elevação da temperatura
corporal, ultrapassando 40°C. Ela pode ocorrer de forma intencional, em tratamentos médicos,
ou a partir da alta exposição ao calor excessivo e reações a medicamentos. Ao contrário da
febre, a hipertermia ultrapassa a capacidade do corpo de perder calor sozinho, podendo ser
fatal.
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