SAÚDE EM FOCO

A fibromialgia se dá por uma disfunção no cérebro que ainda tem causas desconhecidas e não
tem cura, mas pode ser tratada para trazer mais qualidade de vida ao paciente.
Essa condição afeta até 6,6% da população mundial e o principal sintoma é a dor, em crises, o
paciente chega a tremer e até o simples toque da roupa sobre a pele causa incômodo.
O Dr. Fernando Gasparin, reumatologista do Hospital Santa Clara, cita algumas características
da condição e destaca formas de tratamentos que amenizem o problema.
“O corpo dói por inteiro e o sono não é reparador, ou seja, mesmo após uma noite de sono a
pessoa ainda acorda com sensação de esgotamento físico. Formigamento, queimações e
enxaquecas também fazem parte da vida de quem tem fibromialgia. Para amenizar esses
sintomas existem medicações e terapias alternativas”, afirma o reumatologista, Dr. Fernando
Gasparin.
O problema pode ser decorrente de uma série de condições, dentre elas: infecções, problemas
hormonais, estresse e depressão. É mais comum o aparecimento dessa doença entre os 30 e
50 anos, principalmente nas mulheres.
Fibromialgia tem tratamento?
De acordo com Dr. Fernando, o tratamento mais indicado é a atividade física. “Isso porque, ao
se exercitar, o organismo libera neurotransmissores como a serotonina, que age como
analgésico natural e dá sensação de bem-estar. Além disso, essa prática traz uma melhora na
qualidade do sono, reduzindo a dor e a fadiga”, explica o médico.
Ao começar as atividades físicas é comum sentir dores, mas isso não pode ser motivo para a
desistência. “À medida que começam a fazer os exercícios, o paciente com fibromialgia pode
se queixar de aumento na dor e fadiga, porém é muito importante insistir nessa rotina e a
atividade física deve ser incluída aos poucos. Nessa fase, é fundamental o apoio da família e do
médico para incentivar o paciente a não desistir”, relata o especialista.
Tratamentos complementares como yoga e acupuntura podem trazer benefícios em alguns
casos. “Os sintomas podem aumentar ou diminuir ao longo de cada fase da vida. E apesar da
presença de sintomas crônicos, a maioria das pessoas com fibromialgia leva uma vida normal e
ativa” relata o reumatologista.
Fibromialgia no inverno: como proceder?

É fato que as dores nas articulações podem aumentar no frio. A fibromialgia é uma doença
relacionada ao sistema nervoso central e afeta diretamente no mecanismo de controle da dor.
Dores nos tendões e articulações são comuns quando a temperatura cai. “É fundamental
continuar o tratamento durante o inverno e mesmo com o desânimo provocado pelo frio, não
se deixar abater. Nada de ficar em casa embaixo do cobertor, movimente-se! Continue sua
rotina de exercícios e evite as complicações dessa doença que é bastante incômoda”, finaliza o
reumatologista.