
DestaqueManhã do Ouvinte
SAÚDE EM FOCO
Fazer atividade esportiva de máscara atrapalha a performance?
Sabemos do momento que vivemos e da
importância do uso de máscaras para proteção
individual e comunitária. Com as recentes
descobertas científicas de que o vírus responsável
(SARS-Cov-2) se espalha não apenas por meio de
gotículas, mas também por transmissão aérea e
que a exposição ao vírus pode não conferir
imunidade futura (devido a um rápido declínio nos
anticorpos níveis em uma escala de tempo
relativamente curta), parece provável que o uso de
máscaras deverá se tornar cada vez mais exigido.
A eficiência desta forma de prevenção já foi
provada. Sem a máscara aumentamos em 1.5x o
risco de transmissão da COVID-19. A função de
uma máscara facial é fornecer uma barreira física
entre o nariz / boca através da qual o ar que entra
nos pulmões tem que passar. Em particular, seu
papel é filtrar partículas e gotículas do ar inspirado
e expirado pelo usuário. É importante, portanto, que
o uso da máscara não só ajuda a proteger o usuário
de uma possível infecção do ambiente, mas
também ajuda a reduzir o risco de um indivíduo
infectado transmitir inconscientemente partículas!
Recentemente vivenciamos restrições de bloqueio
sendo suspensas em muitos países, e instalações
como academias e centros esportivos sendo
reabertas. Mas quais são os efeitos das máscaras
faciais na fisiologia do exercício e, em particular, na
capacidade dos atletas de desempenho de alto
nível? Embora muitas pesquisas tenham sido
realizadas sobre as considerações ambientais do
uso de máscaras faciais, muitas delas
(compreensivelmente) foram focadas em
profissionais de saúde que são obrigados a usar
máscaras por períodos prolongados de tempo.
No entanto, os efeitos quantitativos das máscaras
na capacidade de exercício ainda foram relatados
sistematicamente. Existem novas pesquisas sobre
o uso de máscaras cirúrgicas e N95 durante o
exercício que forneceram uma visão valiosa para
atletas que consideram o uso de máscara durante o
exercício.
Este estudo foi conduzido na Universidade de
Leipzig e investigou como o uso de dois tipos
diferentes de máscaras faciais – cirúrgica e N95
afetou as respostas do coração / pulmão de
indivíduos que realizaram um teste de ciclismo até
a exaustão.
Os resultados demonstraram que:
Ambas as máscaras reduziram significativamente o
fluxo de ar pulmonar dinâmico, com redução média
de 8,8% com a máscara cirúrgica e 12,6% com a
máscara N95. Os fluxos de pico, entretanto, foram
impactados de forma ainda mais dramática, sendo
reduzidos em 9,7% com o uso da máscara cirúrgica
em 21,3% com a máscara N95.20
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