
Cantor FavoritoDestaqueSintonia da Tarde
Conheça um pouco mais da história do seu artista preferido!
Teago Oliveira
Pela excelência do repertório autoral do quarto e melhor álbum da banda Maglore, Todas as
bandeiras (2017), havia certa expectativa quanto ao primeiro álbum solo de Teago Oliveira,
voz e compositor desse grupo baiano residente na cidade de São Paulo (SP).
Lançado em setembro, o álbum Boa sorte cumpre essa boa expectativa sem chegar a
arrebatar. Como o single Corações em fúria (Meu querido Belchior) sinalizara em agosto ao
celebrar a figura já meio mítica do cantor e compositor cearense Belchior (1946 – 2017) em
canção urgente, Teago Oliveira é artista influenciado pela MPB dos anos 1970.
Ecos de novos e velhos baianos (e cariocas…) da música brasileira espoucam a longo do álbum
Boa sorte. Às vezes de forma excessiva. Bora, o samba-rock de Teago e Luiz Gabriel Lopes que
abre o disco, parece clonagem do cancioneiro de Jorge Ben Jor, deixando má impressão inicial.
Já na sequência, a bela canção Oh, meu bem dissipa essa má impressão com melodia
envolvente e arranjo de crescente intensidade que valoriza a música sobre amor redentor.
Já o samba Longe da Bahia expressa saudades contraditórias do estado natal de Teago, terra
mágica de coronéis e orixás já tão bem (de)cantada no cancioneiro de Dorival Caymmi (1914 –
2008). Azul, amarelo (Marceleza de Castilhos) expõe cores e nomes que ecoam influências que vão de Caetano Veloso a Sá & Guarabyra, passando por 14 Bis. No fecho do álbum, Últimas
notícias (parceria de Teago com Marceleza de Castilhos) cita Gilberto Gil na letra – escrita com
referências a pontos da cidade de Salvador (BA) – e evoca o craque baiano nos dribles rítmicos
da gravação.
Teago Oliveira debuta na carreira solo com a sorte de trazer alentada bagagem musical.
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