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SAÚDE EM FOCO

Como controlar o consumo de açúcar sem conflitos com a criança

As melhores maneiras de driblar o consumo desse ingrediente é preparando as refeições.
Primeiro porque, ao cozinhar os próprios alimentos, você tem o controle daquilo que é
preparado e consumido. Segundo porque essa é uma possibilidade de envolver a criança nas
preparações culinárias, apresentar diferentes cores, texturas, aromas e sabores, permitindo o
despertar para uma alimentação adequada, saudável e saborosa.
Nesse processo, é importante que a família consiga manter uma organização para garantir o
acesso aos alimentos in natura e minimamente processados e aos ingredientes culinários
necessários para produzir as refeições. Envolver a criança na escolha da refeição da família, no
planejamento da alimentação e no seu preparo é uma excelente estratégia para que ela passe
a apreciar mais os alimentos. Assim, o cozinhar pode ser um grande aliado.
Dentro desse universo da comida de verdade, é possível lançar mão de alimentos
naturalmente doces para realçar esse sabor nas preparações. Algumas frutas e legumes, como
a banana madura e a cenoura, podem ser ótimas fontes para isso. A nutricionista Inês Rugani,
explica ainda que técnicas culinárias de cocção, como assar ou cozinhar, podem intensificar os
sabores adoçados das frutas e legumes.
Mas é bom tomar um certo cuidado em relação aos sucos mesmo quando são naturais. A
nutricionista Inês lembra que várias fibras estão sendo desprezadas quando se toma o suco ao
invés de comer a fruta. Além disso, mastigar é um processo importante para a criança, pois
ajuda no desenvolvimento da musculatura do rosto.
Segundo Inês Rugani, outro ponto é que os sucos ajudam a criar na criança o aprendizado de
tomar líquido com sabor, sendo que água é que deve ser escolhida como a bebida ideal para
matar a sede. Portanto, os pais devem sempre preferir oferecer a fruta in natura e água para
beber.
Mel
Embora seja um produto natural, o mel também não deve ser utilizado na alimentação das
crianças. Segundo o Guia Alimentar, ele não é recomendado por conter os mesmos
componentes do açúcar, o que já justifica evitá-lo. Além disso, há risco de contaminação por
uma bactéria associada ao botulismo. A criança menor de 1 ano é menos resistente ao micro-
organismo, podendo desenvolver essa grave doença, que causa sintomas gastrintestinais e
neurológicos.
Também deve-se ficar atento aos alimentos ultraprocessados que alegam não ter açúcar, mas
contêm adoçantes em sua composição. Eles são apresentados nos rótulos como edulcorantes
(aspartame, ciclamato de sódio, acesulfame de potássio, sacarina sódica, estévia, manitol,
sorbitol, xilitol e sucralose). Como os efeitos dos adoçantes na saúde das crianças não são
plenamente conhecidos, essas substâncias não devem ser oferecidas a elas, a não ser por
indicação de profissional de saúde.

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