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SAÚDE EM FOCO

como aumentar a imunidade para o inverno

Com a proximidade do inverno (cuja data oficial de início é 20 de junho, às 18h44), chega
também o período em que as pessoas costumam ter mais resfriados e gripes, já que o frio
dessa época deixa o organismo mais propenso a essas doenças. Além disso, a queda nas
temperaturas faz com que as pessoas permaneçam por mais tempo em ambientes fechados
fazendo com que os vírus se disseminem mais facilmente. Para evitar a suscetibilidade a essas
doenças, é importante estar atento para a melhoria da imunidade.
De acordo com o médico infectologista do Hospital Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn, uma noite
bem dormida, alimentação balanceada, vida mais tranquila e atividades físicas ajudam a
melhorar a imunidade, mas não impedem que as pessoas entrem em contato com os vírus.
“Por isso, essas medidas são fundamentais, mas aliadas a fatores de prevenção que são: evitar
as aglomerações, manter o distanciamento social, usar máscaras e fazer a higienização
frequente com água e sabão ou álcool gel”. Ele ressaltou ainda que é fundamental tomar a
vacina contra a gripe.
Os quadros alérgicos também tendem a se intensificar nesse momento, ou seja, doenças de
hiper sensibilidade respiratória, como rinite e sinusite. “Alguns pacientes, como os asmáticos,
podem ter a asma induzida principalmente por que é um período que chove menos e a
dispersão de poluentes tende a ser menor.”
Para aqueles que estão mantendo o distanciamento social em casa devido à pandemia de
covid-19, o médico recomenda manter os ambientes arejados, ventilados e, no caso daqueles
que têm problemas alérgicos, evitar cortinas, tapetes e pelos de animais. “Em contrapartida,
temos que pensar que as pessoas que tiverem sintomas devem ser avaliadas por um
profissional para descobrir qual é o tipo de vírus presente.”
Em virtude da pandemia, Gorinchteyn ressalta que é preciso estar atento para as várias
manifestações do novo coronavírus, que vão de leve a muito severas. “Por isso, existe a
necessidade de que qualquer pessoa que tenha sintomas respiratórios, mesmo que brandos,
seja avaliada e testada, mesmo com formas leves, para garantirmos que esse indivíduo não
venha a apresentar o vírus e contaminar as pessoas no seu entorno.”
O infectologista explicou ainda que a imunidade alta não é garantia de que o indivíduo não
seja infectado pelo novo coronavírus, portanto, não existe receita para aumento de imunidade
no caso da covid-19. “O que existe é prevenção. Nós nunca sabemos quem vai desenvolver a
forma viral. Percebemos que isso muitas vezes está relacionado também a um excesso de
resposta inflamatória. Quanto maior a resposta inflamatória, maiores os impactos que o
coronavírus causa no organismo”.
Alimentação
A nutricionista Vera Salvo destaca que uma alimentação balanceada e variada ao longo do
tempo é o ideal para manutenção da saúde. Ela afirma ainda que não existe um único alimento
que, sozinho, possa salvar alguém e elevar a imunidade.

“Devemos escolher, principalmente, os alimentos frescos, in natura, evitando o máximo
possível os alimentos industrializados, ultra processados que têm muito açúcar, sal, gordura, e
acabam sendo pró-inflamatórios”.
Além disso, é preciso cuidar da hidratação, seja com água, sucos naturais ou chás, já que um
organismo bem hidratado colabora com a saúde intestinal e a manutenção da microbiota, que
funciona com uma barreira contra os micro-organismos nocivos e indesejáveis.
“São como soldadinhos que verificam quem pode entrar e quem não pode e fortalecem o
sistema imunológico da mesma forma que auxiliam a absorção de muitas vitaminas e minerais
que também contribuem para o fortalecimento”, afirma Vera que também é conselheira do
Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo e Mato Grosso do Sul (CRN-3).
A hidratação contribui ainda para alterar a fluidez do sangue. Ao beber pouco líquido, o
indivíduo pode comprometer o transporte de nutrientes, oxigênio, deteriorando a atividade
celular. “A desidratação poderia comprometer uma resposta imunológica principalmente
reduzindo as células importantes para o combate às infecções”.
Entre os alimentos indicados para contribuir no fortalecimento do sistema imunológico, a
nutricionista indica aqueles ricos em vitamina C (frutas cruas, como acerola, goiaba, laranja,
limão e verduras cruas, como couve, brocólis), vitamina D (peixes, ovos, laticínios), vitamina E
(trigo, azeite, abacate, oleaginosas), ácido fólico (vegetais escuros, leguminosas), zinco
(semente de abóbora sem casca, carne vermelha, aves, frutos do mar), carotenóides, que dão
a cor alaranjada e avermelhada nos alimentos (cenoura, damasco, manga, abóbora, frutas
vermelhas), e óleos ômega 6 e 3 (presente nos peixes, semente de chia, óleo de soja e de
canola).
“Os antioxidantes, além de atuar na imunidade, auxiliam na saúde mental, o que também é
contemplado quando fazemos uma recomendação geral para o consumo de alimentos in
natura. Assim, prevenindo o processo inflamatório, nós auxiliamos a diminuição do hormônio
do stress que também deprime o sistema imunológico”, completou. (Agência Brasil)

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