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SAÚDE EM FOCO

1º de julho, Como controlar o consumo de álcool durante a quarentena?

Vivemos tempos atípicos em decorrência da COVID-19 e a mudança de rotina dá margem a
excessos: comer mais, dormir menos, trabalhar mais ou exercitar-se menos. O consumo de
álcool também permeia essa nova realidade e a possibilidade de que algumas pessoas estejam
bebendo de forma exagerada, em relação aos padrões anteriores, é preocupante.
Nesse cenário, controlar a ingestão de bebida alcoólica é um passo importante, que contribui
para a saúde física e mental – fatores relevantes para esse momento especial que estamos
vivendo. Por isso, lançar mão de estratégias para beber de uma forma mais moderada é uma
medida essencial e que deve ser seguida também no pós-pandemia.
Consumo de bebidas alcoólicas
Antes, é preciso esclarecer que, para a Organização Mundial de Saúde (OMS), nenhuma
quantidade de álcool é considerada absolutamente segura para a saúde. Ainda há
determinadas situações em que qualquer quantidade de álcool é inaceitável, como para

menores de 18 anos, gestantes, quem vai dirigir veículos automotores, faz uso de
medicamento que interage com a substância ou tem alguma condição de saúde que pode ser
agravada pelo álcool.
Para quem está fora dessas condições e decide beber, há diretrizes de consumo de baixo risco,
ou seja, limites que minimizam o desenvolvimento de problemas de saúde a curto e longo
prazo associados ao álcool. Segundo o National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism
(NIAAA), referência no tema, esses limites são:
Para mulheres e pessoas acima de 65 anos: não mais que 3 doses em um único dia, sem
ultrapassar 7 doses na semana;
Para homens: máximo de 4 doses em um único dia e não exceder 14 doses na semana.
Vale a explicação que uma dose padrão de álcool corresponde a 350 ml de cerveja, 150 ml de
vinho ou 45 ml de destilado. Esse é um parâmetro recomendado, mas é preciso reforçar que
não é uma regra para todos, pois os efeitos do álcool variam bastante de pessoa para pessoa.
Como controlar a ingestão de álcool
Para descobrir se você está dentro desses limites ou se desconfia que está bebendo mais do
que costumava, nos dias em que decidir beber, registre quantas doses consome e em quanto
tempo. Você pode usar um calendário, agenda ou aplicativos.
Parar e anotar cada dose pode ajudar a desacelerar quando necessário. Controlar a velocidade
do consumo também é válido – quanto mais rápido a pessoa bebe, maiores os riscos. Uma
medida eficaz, nesse sentido, é intercalar o consumo de bebidas alcoólicas com não alcoólicas.
Se você escolher água, melhor ainda!
A partir desses registros, veja se está ultrapassando os limites de consumo. Se sim, estratégias
para controlar o quanto bebe são fundamentais e precisam ser usadas consistentemente.
Além de continuar a contar as doses ingeridas, estabeleça o quanto e quando vai beber e fique
sem beber alguns dias da semana.
Identificar os motivos e gatilhos que o levam a beber também contribui nesse processo.
Padrões de consumo nocivos estão associados ao enfrentamento de problemas e sentimentos
negativos (dor, tristeza, frustração, ansiedade). Reconhecer o que desperta sua vontade de
beber permitirá que busque alternativas para lidar com essas questões, como contar com o
apoio da família e amigos ou ocupar o tempo livre com atividades saudáveis e livres de álcool.
Vale lembrar que o grau de dificuldade para reduzir o consumo de álcool ou parar de beber
dependerá das características pessoais do indivíduo, da quantidade de bebida que costuma
ingerir e se já apresenta complicações de ordem emocional, física ou interpessoal decorrentes
desse uso.
Diante dessa complexidade, se tiver problemas em reduzir ou controlar seu consumo, procure
seu médico de confiança ou um psicólogo para uma avaliação detalhada. O momento atual
exige esse olhar cuidadoso para nossos hábitos e como eles contribuem para nossa saúde e
bem-estar. Reflita e faça escolhas mais conscientes e saudáveis para sua vida!

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