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SAÚDE EM FOCO

Diarreia pode ser sintoma de coronavírus. Saíba quais os cuidados

Os impactos do novo coronavírus no corpo humano seguem sendo investigados a todo
momento. Além dos sintomas respiratórios, que se tornaram a manifestação mais comum da
COVID-19, possíveis alterações gastrointestinais relacionadas ao vírus também estão sendo
observadas.
Em um estudo realizado na cidade de Wuhan, na China, foram analisadas 138 pessoas
infectadas com o novo coronavírus. O curioso foi que, de acordo com os pesquisadores, 10%
desses pacientes apresentaram sintomas como diarreia e náuseas.
A análise também apontou que a primeira pessoa diagnosticada com a COVID-19 nos Estados
Unidos manifestou problemas gastrointestinais, tendo a confirmação da infecção pelo vírus
através de um exame de fezes.
Relação entre diarreia e coronavírus
Jane Teixeira, infectologista e gerente médica da Sharecare, conta que a possível explicação
para o surgimento de diarreia em pacientes com a COVID-19 está na alta afinidade do vírus
pelos receptores ACE-2. "Essas proteínas estão presentes em células do sistema respiratório,
mas também no epitélio do esôfago e nos enterócitos (células do íleo e do cólon)", explica.
De acordo com a médica, as proteínas "atravessam" a membrana celular e são o local de
entrada do vírus nestas células. Então, a diarreia pode ser causada pelo ataque direto do vírus
aos enterócitos, desregulando suas funções no sistema gastrointestinal.
Com isso, os riscos de contaminação através das fezes também se torna uma possibilidade,
ampliando os cuidados de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus.
O que fazer quando se tem COVID-19 e diarreia
Pessoas que estão em isolamento social em casa, após a contaminação pelo vírus, precisam
reforçar os cuidados higiênicos ao usarem o banheiro. A infectologista Jane Teixeira alerta que,
se a casa tiver mais que um banheiro, o ideal é que um deles fique reservado para uso
exclusivo da pessoa infectada.

Se essa pessoa estiver em boas condições físicas, ela deve ser a responsável pela limpeza do
próprio banheiro. Entretanto, se a higienização for realizada por outra pessoa, é necessário o
uso de máscara, luvas e, se possível, protetor facial.
Em caso de banheiro compartilhado, é preciso que seja feita a limpeza após cada uso pelo
infectado. Após a limpeza, os equipamentos de proteção devem ser retirados com muito
cuidado e as mãos higienizadas com água e sabão ou álcool em gel.
Como material de limpeza, a infectologista recomenda desinfetantes de uso doméstico,
principalmente os que são feitos à base de hipoclorito e quaternário de amônia, além do álcool
70%.

Objetos e produtos de uso pessoal do paciente infectado, como escova de dentes, sabonetes e
toalhas, devem ficar separados e serem de uso exclusivo durante este período.
O descarte do lixo e roupas sujas da pessoa que foi contaminada pelo vírus devem também ser
tratados de forma apartada. Se a higienização for realizada por outra pessoa, devem ser
utilizados equipamentos de proteção individual. ( www.minhavida.com.br )

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