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SAÚDE EM FOCO
Saúde incorpora o natalizumabe para o tratamento da esclerose
Os pacientes que sofrem de esclerose múltipla ganham mais um aliado no combate à doença.
O Ministério da Saúde ampliou o uso do natalizumabe no tratamento da esclerose múltipla
remitente-recorrente que representa 85% dos casos da doença. A decisão foi publicada por
meio da portaria Nº 49/2020. Com isso, o medicamento será ofertado pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) em até 180 dias.
O tema passou por avaliação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no
Sistema Único de Saúde (Conitec), responsável pela incorporação, exclusão e alteração de
tecnologias em saúde no SUS. Após a conclusão do relatório, o processo foi encaminhado pela
Secretaria-Executiva da CONITEC ao Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
do Ministério da Saúde que decidiu favoravelmente à incorporação do medicamento*.
Para avaliar a inclusão do natalizumabe, a Conitec analisou o impacto das mudanças na
qualidade de vida dos pacientes, assim como a relação custo-efetividade obtida por meio da
comparação entre os medicamentos ofertados pelo SUS.
Esclerose múltipla
A esclerose múltipla é uma doença que atinge principalmente adultos jovens, na faixa etária
entre 20 e 50 anos, e compromete o sistema nervoso central. A doença é autoimune e
caracteriza-se pela desmielinização da bainha de mielina, envoltório das células nervosas
(axônios) por onde passam os impulsos elétricos que controlam as funções do organismo.
Esse dano gera interferências nessa transmissão e diversas consequências para os pacientes,
como alterações na visão, no equilíbrio e na capacidade muscular.
A forma remitente-recorrente é a mais comum e evolui em surtos, cujos sintomas ocorrem de
maneira súbita com posterior recuperação parcial ou total.
Prevenção
Apesar de mais de 100 genes terem sido implicados na EM, há evidências convincentes de que
fatores ambientais desempenham um papel importante na determinação do risco para
desenvolver a esclerose múltipla, a saber: insuficiência do hormônio vitamina D, obesidade,
tabagismo e infecção pelo vírus Epstein-Barr, um herpes vírus, sendo um dos vírus mais
comuns em humanos, cuja infecção ocorre principalmente pela transferência oral de saliva
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